Friday

a tempestade...

busco-te no horizonte…
mas as nuvens brancas foram substituídas por umas escuras e densas,
e vislumbro apenas uma terra árida...
drogada pela instabilidade, no cume do nada,
extraio do pó da terra um feitiço,
e rasgo o espaço de penumbra que me agarra…

hoje o meu mar parece o cemitério dos amantes.
com as lembranças cruas de um abraço esquecido,
perdido algures onde mora o esquecimento…
venho alquebrada ao longo dos tempos
onde oclusos guardo os meus sonhos…
sinto vontade de quebrar o silêncio... mas resisto…

percorro o trilho da tua ausência,
no pêndulo dos dias onde baila o silêncio das tuas palavras,
que rasgo e nas quais me envolvo, tal como o vento faz agora…
o edo de não te ter mina a minha alegria de viver
ms não posso fugir à tempestade da vida…
afinal, ser feliz é descobrir que a busca é eterna…